Umbanda x Candomblé x Espiritismo


Umbanda – foi fundada em 1908 pelo médium Zélio de Moraes. É uma religião brasileira formada através de elementos de outras religiões como o catolicismo ou espiritismo, juntando ainda elementos da cultura africana e indígena.
Existem várias vertentes de Umbanda de modo que as práticas e rituais tendem a variar. Por exemplo: Umbanda Tradicional, Primado de Umbanda, Umbanda de Nação ou Umbanda Mista, Umbandomblé, Umbanda Esotérica, Umbanda Astrológica, Umbanda Sagrada, Umbanda da Magia Divina, Umbanda Omolocô, etc
Essas diferentes vertentes partilham o culto à entidades ancestrais e a espíritos associados a divindades diversas, que podem pertencer ao Catolicismo, a cultos africanos, hindus, árabes entre outros. Apesar de diferentes vertentes, existem alguns conceitos encontrados que são comuns a todas, são eles: Um deus único e onipresente, chamado Olorum, Zambi ou Oxalá; Crença nas Divindades ou orixás; Crença na existência de Guias ou entidades espirituais; A imortalidade da alma; Crença nos antepassados; A reencarnação; O carma; Lei de causa e efeito pela qual os umbandistas pagam o Bem recebido com o bem e o Mal com a justiça divina.
Também se fundamentam na obediência aos ensinamentos básicos dos valores humanos, como a fraternidade, a caridade e o respeito ao próximo. Além desses conceitos, têm a prática mediúnica de “incorporação”, onde adeptos ( médium) viabilizam a comunicação entre espíritos e Orixás, com os seres humanos.

Candomblé – religião derivada do culto à ancestralidade Africana. Segue as leis da Natureza, que tem como divindades os Orixás (Nação Ketu e Efon), Voduns (Nação Jeje) ou Nkisis (Nação Angola), que cuidam e equilibram as energias da nossa existência ( Nações: Ketu, Efon, Angola, Jeje, etc.).
A religião tem por base, a anima (alma,) da Natureza, sendo, portanto, chamada de anímica. Os sacerdotes africanos que vieram para o Brasil como escravos, juntamente com seus Deuses, sua cultura e seus idiomas, entre 1549 e 1888, tentaram de uma forma ou de outra continuar praticando suas crenças em terras brasileiras. Foram os africanos que implantaram suas religiões no Brasil, juntando várias em uma casa só, para a sobrevivência das mesmas.
Como a religião se tornou semi-independente em diferentes regiões do País, entre grupos étnicos diferentes evoluíu para diversas “divisões” ou “nações”, que se distinguem entre si, principalmente pelo conjunto de divindades veneradas, o atabaque (música) e a língua sagrada usada nos rituais.
O candomblé é uma religião monoteísta, embora alguns defendam a ideia que são cultuados vários Deuses, o Deus único para a Nação Ketu é Olorum, para a Nação Bantu é Nzambi e para a Nação Jeje é Mawu, Acreditam na vida após a morte.
Os Orixás/Nkisis/voduns recebem homenagens regulares, com oferendas de animais, vegetais e minerais, cânticos, danças e roupas especiais.
Alguns Orixás são “manisfestados” por pessoas iniciadas durante o ritual do candomblé, outros Orixás não, apenas são cultuados em árvores pela coletividade.
No tempo das senzalas, os negros para poderem cultuar sua Divindades, usaram como camuflagem, um altar com imagens de santos católicos e ,por baixo, os assentamentos escondidos. Segundo alguns pesquisadores, este sincretismo já havia começado na África, induzida pelos próprios missionários cristãos para facilitar a conversão.
Mesmo usando imagens e crucifixos, inspiravam perseguições por autoridades e pela Igreja Católica, que viam o candomblé como paganismo e bruxaria.
Nos últimos anos, tem aumentado um movimento em algumas casas de candomblé que rejeitam o sincretismo aos elementos cristãos e procuram recriar um candomblé “mais puro” baseado exclusivamente nos elementos africanos

Espiritismo – conhecido ainda como Doutrina espírita, Kardecismo ou Espiritismo kardecista é uma religião mediúnica ou moderno espiritualista. Foi criada (segundo seus adeptos, “codificada”) pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, usando o pseudônimo Allan Kardec. Ele definiu o espiritismo como “a doutrina fundada sobre a existência, as manifestações e o ensino dos espíritos“. Segundo Kardec, o espiritismo aliaria ciência, filosofia e religião, buscando uma melhor compreensão não apenas do universo tangível (científico), mas também do universo a esse transcendente (religião).
O termo “Spiritisme”, foi criado por Kardec em 1857 para definir o corpo de ideias reunidas em seu “O Livro dos Espíritos” e destacar as diferenças do espiritismo para o espiritualismo.
Seus adeptos a compreendem como uma doutrina de cunho científico-filosófico-religioso voltada para o aperfeiçoamento moral do homem e acreditam na possibilidade de comunicação com os espíritos através de médiuns. A doutrina também é conhecida por influenciar e promover um movimento social de instituições de caridade e saúde, que envolve milhões de pessoas em dezenas de países.
A doutrina espírita, de modo geral, fundamenta-se nos seguintes pontos (princípios): Existência e unicidade de Deus, rejeitando o dogma da Santíssima Trindade; Existência e imortalidade do espírito; Volta do espírito à matéria (reencarnação); Conceito de “criação igualitária” de todos os espíritos, com aptidões idênticas para o bem ou para o mal, dado o livre-arbítrio; Possibilidade de comunicação entre os espíritos encarnados (“vivos”) e os espíritos desencarnados (“mortos”), por meio da mediunidade. Essa comunicação é realizada com o auxílio de pessoas com determinadas capacidades – os médiuns como, por exemplo, na chamada “escrita automática” (psicografia); Lei de causa e efeito; A Terra não é o único planeta com vida inteligente no universo, bem como os planetas possuem mundos espirituais habitados (por exemplo, Umbral, colônias espirituais e os planos espirituais superiores); Fora da caridade não há salvação, para o espiritismo; Ausência de rituais institucionalizados, a exemplo de batismo, culto ou cerimônia para oficializar casamento; Incentivo ao respeito para com todas as religiões.

(Fontes: Wikipédia; Grupo de estudo Allan Kardec; Adaptação Contos de Logunce; Imagem da internet)

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